segunda-feira, 1 de março de 2010

Amar ao próximo como a si mesmo

A análise superficial da frase: um dos grande princípios do judaísmo. Mas se você parar para refletir o que essas sete palavras, unidas, pode representar na vida de uma pessoa, com certeza ampliará esse conceito. Que fique claro, o texto a seguir não se trata de uma defesa aos judeus ortodoxos, nem aos preceitos da Torá. Infelizmente, eu não tenho o conhecimento necessário para tal proeza.

O individualismo é uma realidade justificável. Todos desejam uma vida sadia, bem sucedida, perfeita. Entretanto, essa ideologia ofusca cada vez mais o "resto". Claro, o "resto" é insignificante. Tudo gira em torno dos meus interesses, eu devo me preocupar apenas comigo e com a minha família, "resto" é "resto". É esse pensamento que faz do mundo o lugar em que vivemos hoje. Não preciso aprofundar esse tópico, pois tenho certeza que ninguém consegue aceitar o que assistimos diariamente nos noticiários ou as realidades que encontramos nas ruas.

O que está claro, mas poucos enxergam, é que a solução para tudo está no "resto". Pensando sempre em ajudar as pessoas ao seu redor, conhecidos ou não, os êxitos profissionais e pessoais passam a ser uma questão de tempo. Chegamos ao meio do texto. Tenho certeza de que metade das pessoas acredita que esse pensamento seja ingênuo e funcionaria apenas em um mundo perfeito. Imploro que vocês continuem seguindo a minha linha de raciocínio.

Vamos chamar os individualistas de "espertos". Os "espertos", muitas vezes, ascendem ao sucesso profissional e pessoal de forma rápida e consistente. Através de manipulações, fofocas e mentindo sobre suas verdadeiras características, conquistam a confiança do chefe e, quando você menos espera, tomam conta do local de trabalho. O "resto", mais conhecido como maioria, não gosta dos "espertos". Os "espertos" são minoria e, quando menos se espera, acabam se entregando. Nesse momento, em quem o chefe vai pensar?

Naquele cara, que sempre se interessa em saber como as pessoas estão, que segura a porta do elevador, que procura sempre ser solidário com o pessoal que ocupa os cargos inferiores. Enfim, aquele que ama ao próximo como a si mesmo.

Ainda não está convencido? Talvez, os "espertos" nunca sejam descobertos, conquistem uma carreira invejável, tenham a vida que você sempre pediu a D'us. Se a vida representa apenas essa metáfora, talvez valha a pena ser um "esperto". Agora, se você se preocupa com o mundo em que vivemos e conhece o bem estar em ajudar ao próximo, seja "um dos únicos". Infelizmente, não posso chamá-lo de "resto".

Modifique o curso da Terra

A mudança do mundo em que vivemos está em nossas mãos

Gustavo Fridman Schwetz

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa Gu!

Brilhante texto, sincero e sucinto. Só contesto o fato de "amar o próximo como a si mesmo" ser um dos 10 mandamentos, está certo disso?

No mais, segue assim!

Abraço!

Rafael Korman

Sababah disse...

Grande comentário Rafa! Realmente, me equivoquei! Coloquei entre os dez mandamentos pelo fato de ser um dos maiores princípios! Muito obrigado pela correção e pelos elogios!

Abraço!